
Estou com vários livros técnicos para ler e um monte de trabalho para fazer, então fiquei muito tentada ao achar “The interview” (tradução livre: “A entrevista”), de C. M. Ewan. Parecia um thriller cheio de ação e emoção, desses que a gente devora sem pensar muito.
E era.
Depois desse livro, por pior que tenha sido a sua pior entrevista de emprego, nada vai se comparar a isso.
Mas vamos à história: Kate tem um baita currículo na área de Relações Públicas e por algum motivo está trabalhando numa agência pequena, aquém da sua capacidade. Ela está indo fazer uma entrevista para a empresa dos sonhos: uma agência de propaganda enorme, num prédio novo, todo de vidro, no centro financeiro de Londres.
O salário é excelente, o cargo parece feito sob medida para ela, mas Kate está insegura. Ela parece ter passado por um período muito difícil (burnout, talvez?) e ainda está se recuperando. A head hunter Maggie, que a encontrou, está dando um super apoio emocional.
A entrevista está marcada para uma sexta-feira, às 5 da tarde, finalzinho do expediente. Kate está tensa porque chegou 5 minutos atrasada, toda esbaforida, por conta de um problema no transporte. O prédio, que ainda não está totalmente ocupado por empresas, já não tem mais quase ninguém trabalhando. Ela passa pela segurança e é encaminhada ao 13o. andar.
A moça que a recebe, super simpática, mostra as instalações super confortáveis, naquela vibe startup descolada, e termina deixando Katie numa sala que é uma espécie de caixa de vidro, bem no meio das instalações. Ela espera um pouco e aparece Joel, o sujeito que vai entrevistá-la (ela estava esperando uma mulher e tinha até estudado o currículo dela).
Bom, o tal Joel começa a entrevista normalmente, mas logo depois começa a fazer umas perguntas totalmente bizarras e descabidas, além de desconfortáveis. Ele explica que está ali com um único objetivo: saber se ela está mentindo.
E aí começa o inferno. Kate não entende o objetivo das perguntas, Joel parece ser incansável. Aos poucos ela vai descobrindo que caiu numa armadilha e aquela entrevista não é para o emprego.
Só que agora ela não pode mais sair da caixa de vidro até que ela dê a resposta que Joel quer (mas que ela não sabe qual é). Katie está apavorada pensando na segurança de Maggie, que está esperando por ela num pub na esquina. O seu irmão, que trabalha num hospital, também está correndo risco, já que ele vai estranhar a falta de notícias.
As horas vão passando, o prédio ficando cada vez mais vazio, Joel a pressionando cada vez mais, e ela, que tem um problema no coração, descobre que foi envenenada e que se não responder o que ele quer logo, não vai ter tempo de ter sua vida salva.
As pessoas que contrataram Joel para a missão estão impacientes.
Aos poucos a gente vai descobrindo coisas no passado de Katie que têm relação com a situação atual.
Sinceramente? O livro é muito bem escrito (capítulos curtos e muita ação — do tipo que você não consegue desgrudar). Mas eu acho que o autor às vezes força demais. Tem horas que eu penso: chega, já deu, libera a moça de uma vez!!!
Mas não, as coisas vão se enrolando cada vez mais, pessoas são assassinadas a sangue frio, Kate corre contra o tempo para resolver uma questão que ela não sabe exatamente qual é.
É o tipo de livro que, se você está aprendendo outro idioma, eu super recomendo. Padrão Sidney Sheldon e Dan Brown, sabe? Muita ação, suspense, diálogos simples e diretos. Vou procurar outros livros desse autor em alemão (esse eu li em inglês). E encare isso como uma oportunidade, pois esse ainda não foi traduzido para o português.
Fui procurar e fiquei chocada com o tanto de livros chamados “A entrevista” que existem na Amazon do Brasil. Achei aqui a versão em inglês e em alemão. Divirta-se!!!
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