Luxo só

Moro perto de uma das ruas mais luxuosas da cidade (desculpaí…rsrsrs) e uma das coisas que mais gosto nela, além das árvores folhudas, são as calçadas larguíssimas. Por conta do espaço, tem uma modalidade de vitrine que ainda não tinha notado em outras bandas gringas. São caixas que ficam na calçada, na frente ou nas imediações da loja patrocinadora.

Algumas lojas usam bastante a criatividade, mas hoje me surpreendi ao passar pela frente da Hermés. Eles usaram aqueles lenços lindíssimos para decorar a rua; olha só o efeito mais que sensacional que ficou.

É a street-art de luxe

7 Responses

  1. Clotilde♥Fascioni
    Responder
    2 outubro 2012 at 7:15 pm

    Lindo, tudo lindo.

  2. Claudia
    Responder
    3 outubro 2012 at 12:16 pm

    Oi, Lígia!
    Adoro esse blog. Tem sempre alguma coisa incrível por aqui, parabéns.
    Gostaria de comentar esse post – porque ele me incomodou um pouco.
    Apesar de eu ter adorado as vitrines – super bom gosto, super bem executado, etc e tal. Porém, me ajuda, eu ando com uma certa antipatia por essas grandes marcas e ouso dizer que não sou só eu.
    Fiquei com a seguinte dúvida: quando essas grandes marcas se apropriam de um espaço “público”, desta forma glamourosa, não estão indo na contra-mão do movimento mais democrático de ocupação desses espaços? Ou seja, não é muito arrogante?
    Um beijo,
    Claudia

    • ligiafascioni
      Responder
      3 outubro 2012 at 1:00 pm

      Oi, Claudia!
      Olha, acho que rolou um preconceitozinho aí…ehehehe
      Sim, as grandes marcas estão usando E PAGANDO por esse espaço; com certeza não tem como colocar uma coisa assim na rua de graça. E o dinheiro reverte para o cidadão em forma de benefícios para a cidade (limpeza, organização, jardins, etc). As pequenas marcas também têm vitrines nessa rua (papelarias e lojinhas de lingerie, por exemplo), só que não são tão bacanas (algumas são até feias, de tão amadoras). São uns 3 km de rua com calçadas larguíssimas dos 2 lados, então é vitrine pra caramba.

      Penso que isso é muito melhor do que pequenas e pobres marcas emporcalharem as margens da BR-101, por exemplo, com cartazes amadores de gosto discutível.

      Acredito que a gente não precisa ter antipatia por grandes marcas quando elas estão fazendo as coisas direitinho e sem prejudicar ninguém (até porque as pequenas também fazem coisas erradas de vez em quando e contribuem muito mais para enfeiar a cidade, em alguns casos).

      A bronca é quando desrespeitam a lei, como no caso do trabalho escravo ou sonegação de impostos. Mas acho que, nesse caso, não cabe bronca não…

      Mas obrigada por ter exposto seu ponto de vista; é muito importante para a gente refletir…
      Beijocas 🙂

      • Claudia
        9 outubro 2012 at 4:18 pm

        Oi, Lígia! Desculpe….não vi que tu havias respondido.
        Bom, a tua resposta foi ótima….sempre bastante coerente e dentro do “caminho do meio”.
        Adoro entrar aqui e ver as novidades.

        Um beijo,

        Claudia

      • ligiafascioni
        9 outubro 2012 at 4:33 pm

        Que bom, Claudia! Grata pela preferência e volte sempre :))))))))

  3. Gustavo
    Responder
    3 outubro 2012 at 4:20 pm

    Lígia, lembrei de uma coisa agora.

    Berlin deve ser uma cidade antiga como muitas outras da Alemanha, não? Da época medieval…gostaria de saber mais sobre o planejamento urbano, existem largas avenidas p/ carros por aí? E este calçadão? Será que já havia espaço para a criação do mesmo ou tiveram que desocupar muitas áreas?

    Pergunto isto pois vejo muitas cidades na europa com ruas estreitinhas e com calçamento de pedra (um charme), remetendo à herança histórica do passado.

    • ligiafascioni
      Responder
      3 outubro 2012 at 4:50 pm

      Oi, Gustavo!
      Boa pergunta! Na verdade, boa parte das ruas largas foi projetada por Hitler e aquele arquiteto maluco dele, o Albert Speer. É que o bigodinho queria que Berlin fosse a capital do mundo, então projetou algumas avenidas bem largas, como a 17 de junho, que corta o Tiergarten e vai dar no portão de Brandemburgo.

      Mas a quantidade enorme de parques e praças é porque a cidade toda foi completamente destruída na primeira e na segunda guerras; então ficaram vários espaços sobrando sem ter quem tivesse dinheiro para investir na reconstrução. Aos poucos, esses espaços foram se integrando ao urbanismo da cidade e se transformando em áreas verdes (que os alemães amam e valorizam muito).

      Sobre ruas e casas da época medieval, aqui não tem quase nada, só escavações arqueológicas mesmo, tudo por culpa das bombas 🙁

      Tem umas fotos da cidade vista da torre de TV que tirei quando estive aqui em 2010, olha só: http://www.ligiafascioni.com.br/2010/06/berlim-vista-da-torre/ (mas tenho que ir lá de novo, pois o dia não estava muito bonito).

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