London, London

Aproveitamos a semana anterior ao nosso aniversário para passar uns dias em Londres, cidade onde só estive uma vez, em 1998, quando fui participar de um Congresso Internacional de Aeronaves não Tripuladas em Bristol. Na ocasião, só passei dois dias na cidade e mal dormi, de tão emocionada e querendo aproveitar o tempo ao máximo. A conclusão? Continuo a mesma pessoa emocionada…rsrs

A gente resolveu ter uma nova experiência: fomos de trem noturno (Berlim-Bruxelas) e depois o Eurostar, para cruzar o Canal da Mancha por baixo. Muito legal (recomendo), apesar de ser um pouco mais caro que de avião (se você não quiser compartilhar o cubículo com mais pessoas).

Mercato Portbello e Lancaster Road

Chegamos na nosso AirBnb em Londres já eram quase 4 da tarde; lá fui correndo aproveitar o solzinho de final de tarde e explorar as imediações do Holland Park, onde a gente ficou. Bati perna no Mercato Portbello e na Lancaster Road, onde tem as casinhas mais coloridas da cidade.

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Kentukis

Comprei “Little Eyes” (tradução livre: “Pequenos Olhos”), de Samantha Schweblin, porque tinha visto muito boas referências e elogios ao livro. Inclusive ganhou o prêmio Guardian & Times Best Novel em 2020. 

Vamos à história: um novo produto lançado no mercado está mexendo com pessoas no mundo todo. É o que os fabricantes chamam de kentukis; bichinhos de pelúcia de vários formatos com uma câmera nos olhos e alguns recursos de mobilidade básicos (tipo rodinhas nos pés). 

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Festival das luzes 2024

Ontem fui ver o Festival das Luzes; muito bom andar pelas ruas cheias de gente à noite! Andei só pela região da Ilha dos Museus e a avenida Unter den Linden. Estava tudo lindíssimo, como sempre, mas notei menos pontos de espetáculo (eu me lembro de quase o dobro em algumas edições). Além do show no Hotel Roma, na Bebelplatz, o que mais gostei foi dos mosaicos de arte ucraniana expostos nas paredes da Galeria James Simon.

A natureza da mordida

Esse livro estava na pilha de espera há mais de um ano, coitado. Sou muito fã da Carla Madeira (para mim, uma das maiores escritoras brasileiras vivas), mas, sei lá por que, estava deixando esse para depois; acho que é porque não queria esgotar a leitura do que ela já publicou. Enfim, chegou a hora. E, sinceramente, espero que a Carla já esteja escrevendo outro livro depois dos sucessos Véspera e Tudo é Rio.

Como sempre, a moça não decepciona. Uma história instigante, bem contada e cheia de sensibilidade. Uma coisa que gosto muito é que a história se passa em Belo Horizonte, cidade que eu amo e mora no meu coração.

Mas vamos à história.

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Rügen e Stralsund

Hoje fomos à Ilha de Rügen, no mar Báltico (cerca de 300 km de Berlim). A gente já tinha estado lá em 2012 (na época, fomos de moto). Dessa vez resolvemos visitar o Parque Nacional Jasmund, com suas praias com as pedras mais exóticas e lindas que já vi; de suas rochas saíam a matéria prima para fazer giz. A gente saiu da cidadezinha de Sassnitz e caminhou uns 5 km pela belíssima costa; depois voltamos pela floresta. O difícil foi voltar mais 5 km morro acima com os bolsos cheios de pedras…😂🥰😂

Parque Nacional Jasmund

Aqui está o caminho de volta pelo Parque Nacional Jasmund; um bosque belíssimo à beira de penhascos cinematográficos! A subida foi difícil por causa das pedras nos bolsos (não dava para voltar sem trazer nenhuma dessas obras de arte — parecem bichinhos!). No caminho, uma gaivota funcionária do lugar parou e posou calmamente para vídeos e fotos com uma serenidade que só profissionais do calibre de Gisele conseguiriam…

Sassnitz

Sassnitz é um vilarejo com a maioria das casas pintada de branco e com detalhes bordados em madeira. Olha quanta fofura!

Stralsund

Voltando pra casa, passamos por Stralsund, uma belezinha de cidade histórica no continente que já pertenceu à Suécia e Dinamarca antes de ser alemã (na verdade, Prussiana). Vale voltar e ver com mais calma, viu?

O pacto da água

Eu me vi obrigada a comprar “The covenant of water” (tradução livre: “O pacto da água”), de Abraham Verghese, porque todo lugar que eu ia nas redes sociais tinha gente elogiando a obra: Bill Gates, Oprah Winfrey, Goodreads, Bookster e mais um monte de gente. Enfim, não tinha como.

O negócio é um tijolão com mais de 700 páginas, mas podemos chamá-lo de buraco negro; ele suga você para dentro da história e você vai passar a semana na Índia, visitando cidades menos famosas como Kerala, Cochin e Madras, bem no sul (adoro livro que tem mapa para a pessoa se localizar).

A história começa em 1900 com uma menina de 12 anos de idade indo de barco sozinha, sem a família, para encontrar seu futuro marido, de 40 anos. Nesse ponto, bem no começo, juro que pensei: não sei se quero ler o resto. Ainda bem que continuei.

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Vamos comprar um poeta

Eu vi “Vamos comprar um poeta”, de Afonso Cruz,  sendo recomendado em mais de um lugar nas redes sociais. Achei o título curioso, então quando a minha querida sobrinha Bruna veio do Brasil me visitar, trouxe um exemplar (metade da mala da pobre moça eram livros).

A obra é bem curtinha (menos de 100 páginas) e é tipo uma fábula. Você lê numa sentada e sai sorrindo no final. O autor é um multiartista português cheio de talentos (além de escritor, é ilustrador, músico e cineasta) e já tem mais de 30 volumes publicados (nunca tinha ouvido falar dele; quanta gente boa tem nesse mundo que a gente não conhece!).

Mas vamos à história, narrada por uma menina de 13 anos; sua família, composta de pai, mãe e irmão, quase da mesma idade, é dona de uma fábrica.

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Feitas para colar

Esses dias lembrei desse livro e tive que lê-lo novamente para fazer a resenha, pois acho que li quando foi lançado. Nem tinha mais o exemplar e achei outro no sebo.

Mas “Made to stick: why some ideas take hold and others come unstuck” (tradução livre: “Feitas para “colar”: porque algumas ideias pegam e outras não”), dos irmãos Chip e Dan Heath, vale a pena, pois é um clássico. 

Inclusive porque algumas dicas valem para UX (User Experience) Design, que é a área na qual estou me dedicando atualmente.

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Os dois morrem no final

Um livro com spoiler no título?

Eu já tinha visto “They both die at the end” (Tradução livre: “Os dois morrem no final”), de Adam Silveira em várias livrarias, perfis de redes sociais, vitrines, enfim, e não é de hoje, pois a obra é de 2017. Não me senti imediatamente atraída porque está classificada como um romance adolescente (já passei dessa fase faz muuuito tempo) até que, há algumas semanas, encontrei o bonito num sebo. Eis que pensei: por que não, né?

Olha, não me arrependi. Que história mais linda e que sensibilidade para contá-la.

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