Brinquedinho novo

Sabe quando você ganha uma caixa daquelas enormes e lindas feitas de lata, cheia de lápis de cor, aquarela, pinceis e mais um monte de coisas bacanas e coloridas? Pois foi exatamente isso que o Gustavo Baldez, leitor aqui do blog, me deu de presente quando me apresentou o SketchBook X da Autodesk para iPad. Gente, o negócio todo é um luxo!

Tem vários tipos de pinceis, canetas, tintas e cores. Dá para fazer zoom, mover, trabalhar em camadas, girar, ampliar, enfim, tudo o que alguém que desenha sempre sonhou e mais um pouco. E o melhor: tudo inteiramente grátis, é só baixar!

Ainda estou começando a aprender todas as nuances, mas já dá para ver que agora dá para detalhar muito mais o traço e aplicar sombras e texturas. O único porém é que a tela é pequena e o desenho não fica lá com uma resolução muito alta (mais uns dois anos e o Steve Jobs chega à perfeição — certeza!).

Por ora, obrigadão mesmo ao Gustavo. Dica nota mil mesmo, rapaz!

Por quê?

Estava lendo Start with why, de Simon Sinek, e me dei conta de que a gente não dá muita bola para algumas coisas realmente importantes em marketing. Não que Simon tenha feito alguma descoberta extraordinária que o pessoal que estuda ciência cognitiva já não tenha estudado, mas ele descreve as coisas de uma maneira tão simples que faz todo o sentido.

Simon começa questionando se você sabe porque os clientes de sua empresa são clientes. E por que os funcionários são funcionários, parceiros são parceiros? Por que seu cônjuge continua com você? Por que seus amigos são seus amigos? Perguntas um pouco complicadas de responder, né? Afinal, a gente sabe muito pouco sobre o que move a conduta das pessoas e a interação entre elas.

Para tentar ajudar na busca de respostas para essas questões tão importantes, Sinek explica que o comportamento humano pode ser influenciado basicamente de duas maneiras: manipulação e inspiração.

Chega de CAPTCHAS!

Tá bom, você, como eu, não consegue mais ouvir sobre o tal foco no cliente. É um tal de “nossa empresa tem foco no cliente, viu? Nós acordamos, comemos, trabalhamos, dormimos e sonhamos pensando em como fazer nossos clientes felizes” que não é fácil. Claro que na parede, não falta nunca uma declaração de missão e visão, espremendo a palavrinha mágica “cliente” entre previsíveis e entendiantes gerúndios, combinando bem com a moldura de gosto duvidoso.

E se em vez de ficar nesse teatrinho de roteiro ruim, as empresas realmente pensassem no cliente, só de vez em quando, para variar? Não precisa ser nada muito difícil para começar.

Cartão de instrutor de pilates

Cartões de visita criativos dizem muito sobre a empresa e os profissionais que trabalham nela. Não adianta dizer que é ousada, criativa, inovadora, se o cartão de visitas diz o contrário.

Olha só esse aqui, de um estúdio de pilates (pena que não mostraram a parte de trás do cartão). O projeto é da agência brasileira (apesar do nome gringo) MarketData Direct & Digital. Gostei muuuito!!!

Velhinho visionário

Mr. Kotler já está com 80 anos e continua cheio de ideias revolucionárias. O sujeito praticamente inventou todos os conceitos que a gente conhece sobre marketing e estruturou a maior parte da informação disponível sobre o assunto; só essa contribuição inestimável já daria para deitar na rede e gastar o resto do tempo tomando picolé de caju na beira da praia.

Mas esse senhor não está aqui para brincadeira: no ano passado, ele lançou junto com os consultores indonésios Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan o esclarecedor Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano.

Essa equipe, que de fraca não tem nada, começa justificando o tal 3.0 lembrando-nos de que o marketing teve dois grandes momentos antes do atual; na fase 1.0, o objetivo era vender os produtos fabricados a todos que quisessem comprá-los. A ideia era apresentar o que estava sendo produzido da maneira mais atraente possível, sempre enfatizando (e, na maior parte das vezes, exagerando) as inúmeras qualidades do produto. Naquela época dá para dizer que o marketing andava numas de endeusar tanto a publicidade e propaganda que os dois até se confundiram por bastante tempo (equívoco difícil de se desfazer até hoje). Em resumo, o marketing era centrado no produto; a satisfação do cliente era puramente funcional, física.

Pessoas invisíveis

Já faz um tempo recebi uma mensagem que me deixou comovida. Como a recebi de vários endereços diferentes, é possível que você também já a tenha lido, ainda mais porque, pesquisando no Google, descobri que a história é verdadeira e o texto é de 2004.

O caso é o seguinte: Fernando Braga da Costa, por sugestão de seu orientador de Mestrado em Psicologia, resolveu trabalhar como gari na própria universidade onde estudava para entender como esses profissionais eram vistos pela sociedade. Eis a conclusão, após 8 anos trabalhando na função: eles não são vistos.