Troféu Sem Noção Internacional

Alguém aí pode explicar qual seria a intenção desse cartaz?

Acho que a língua, nesse caso, é o de menos, pois a imagem diz tudo. Pela indumentária de integrante do fã-clube do Dr. Hollywood, acho que o cabeleireiro deve ter suas próprias ideias sobre campanhas publicitárias; duvido que isso seja obra de alguma agência (ou perderei de vez minha fé na humanidade).

Mas uma pergunta que me persegue é: quantas pessoas entraram nesse salão para cortar o cabelo depois que o cartaz foi para a rua?

Edward Mãos de Tesoura parece um docinho perto disso…

Quer um aumento?

Uma coisa óbvia que nem todo mundo se dá conta é que, quando se contrata alguém, há um acordo. O contratado deve fazer determinadas tarefas e assumir algumas responsabilidades. Por esse valor que agregará à empresa, será remunerado de acordo com o acertado. E ponto. Se mesmo depois de anos as tarefas ou responsabilidades continuam as mesmas, por que o salário deveria mudar?

Não dê chance

Mesmo no meio da correria não consigo ficar imune à criatividade dos spams. Essa pérola atropela os concorrentes com jogadores de futebol mutantes (deve ser para não pagar os direitos de imagem); marketing responsável na internet é isso mesmo, né, minha gente? Não dê mesmo chance para eles…

Afinal, dura mais ou não?

Essa foi presente do pessoal da Glóbulo. A embalagem da Rayovac diz que a pilha tem maior duração e logo depois se contradiz, dizendo que dura IGUAL e custa menos. Afinal, o que eles querem dizer?

De qualquer maneira, o mais preocupante de tudo isso é constatar que está valendo mais a pena fabricar um produto na Alemanha (não na China ou na Índia: na Alemanha!) do que fazê-lo aqui no Brasil. Eu acredito mesmo, pois a empresa onde meu marido trabalha está fazendo exatamente isso. Tem produto que custa quase cinco vezes mais fabricar no Brasil do que na Alemanha, mesmo pagando todos os impostos de importação para trazer de lá. Alguma coisa errada há de ter.

Acorda, Dilma! Esse país não vai conseguir se desenvolver com essa carga de impostos e essa falta de infraestrutura. Só não vê quem não quer…

Peixe com areia

Uma empresa que oferece cursos de comunicação com técnicas teatrais que se chama “Toque de areia”.

Fiquei bem intrigada com esse nome, afinal, para uma marca que quer traduzir uma comunicação interativa agradável, o toque poderia ser de qualquer coisa macia. Toque de areia me faz lembrar quando a gente pega jacaré na praia e um montinho de areia se imiscui dentro do biquíni. Ou quando cai do skate e raspa o joelho naquela areinha perto da calçada. Ou quando entra um grãozinho torturante dentro do sapato. Enfim, por mais que tente, não consigo encontrar nada agradável no contato com areia. Fui no site (a empresa parece ser competente, respeitável e com clientes importantes) e não encontrei nenhuma explicação para nome tão áspero. Seria a volta ao pé-no-chão?

Por quê?

Estava lendo Start with why, de Simon Sinek, e me dei conta de que a gente não dá muita bola para algumas coisas realmente importantes em marketing. Não que Simon tenha feito alguma descoberta extraordinária que o pessoal que estuda ciência cognitiva já não tenha estudado, mas ele descreve as coisas de uma maneira tão simples que faz todo o sentido.

Simon começa questionando se você sabe porque os clientes de sua empresa são clientes. E por que os funcionários são funcionários, parceiros são parceiros? Por que seu cônjuge continua com você? Por que seus amigos são seus amigos? Perguntas um pouco complicadas de responder, né? Afinal, a gente sabe muito pouco sobre o que move a conduta das pessoas e a interação entre elas.

Para tentar ajudar na busca de respostas para essas questões tão importantes, Sinek explica que o comportamento humano pode ser influenciado basicamente de duas maneiras: manipulação e inspiração.

Chega de CAPTCHAS!

Tá bom, você, como eu, não consegue mais ouvir sobre o tal foco no cliente. É um tal de “nossa empresa tem foco no cliente, viu? Nós acordamos, comemos, trabalhamos, dormimos e sonhamos pensando em como fazer nossos clientes felizes” que não é fácil. Claro que na parede, não falta nunca uma declaração de missão e visão, espremendo a palavrinha mágica “cliente” entre previsíveis e entendiantes gerúndios, combinando bem com a moldura de gosto duvidoso.

E se em vez de ficar nesse teatrinho de roteiro ruim, as empresas realmente pensassem no cliente, só de vez em quando, para variar? Não precisa ser nada muito difícil para começar.