Design no cantinho

Essa semana fui com a queridíssima Angela Langer na abertura da exposição dos alunos de design industrial da Universität der Künste BerlinKoordinaten und Ecken – Oh Behave!” e ficamos babando não só com o campus, à beira do Rio Spree, como com a possibilidade de estudar num lugar assim.

Como era uma exposição de alunos, a maioria dos objetos era bem conceitual (à exceção da turma de Design Digital que apresentou vários aplicativos para Smartphones). O Design de Moda apresentou sapatos, acessórios e vestimentas bem curiosos, mas a parte que eu mais gostei foi o tema do Design de Produto: o espaço do canto.

Eles explicam que o canto é um lugar onde se fica de castigo ou com vergonha. É também um lugar usado para rezar e meditar. Apesar de sua importância, o canto sempre tem seu poder subestimado nos projetos de interiores. E não é que é mesmo?

Eles então apresentaram uma estante muito original, um pufe com elástico e bolinha de madeira (que eu levaria para casa, com certeza), alguns banquinhos nem tão inspirados e um banco de madeira bem interessante. Agora fui no site da exposição para pegar as referências e vi que a Angela e eu aparecemos em duas fotos…veja só.

Esse aí embaixo é o tal do pufe. Ele é feito com bolinhas de madeira amarradas com elástico (0 autor disse que gastou cerca de 200 horas para montá-lo e eu acredito). Na primeira versão, era todo maciço, mas não funcionou muito bem. Agora tem um miolo de espuma e, talvez por causa dos elásticos de amarração, a peça ficou surpreendentemente confortável. Gostei!

Essa é a estante de canto; muito instigante.

Esse banquinho serve para os pais conversarem ou lerem enquanto a criança brinca de escorregador. A garrafinha não faz parte…rsrsrs

Esse projeto de pesquisa mostrava todas as aberturas possíveis em uma camisa branca e a forma de vesti-la. Tinha sapatos e acessórios baseados na mesma ideia.

Três em uma

Olha que bacana recebi da querida Sabrina Mix via Google Reader; uma estante que vira mesa e cadeira projetada pelo(a?) designer Sakura Adachi. A cadeira não parece muito confortável e a estante é para quem tem poucos livros, mas a ideia é bem criativa. Eu gostei, e você?

Saindo do quadrado

Gente, olha que ideia mais bacana a designer britânica Lisa Sandall teve para aumentar a interessância de uma cômoda e ao mesmo tempo economizar as colunas mais sensíveis que precisam se abaixar para pegar as coisas. E ainda por cima ficou lindo!

Só não dá para guardar louça…

Revistas multifuncionais

Pelo jeito, a palavra multifuncional está bombando mesmo por aqui essa semana.

Se você é como eu, que adora aquelas revistas lindas de design como a abcDesign e a ArcDesign, vai entender o drama. Leio, olho, namoro e não tenho coragem de me desfazer das belezuras.

O resultado é que a pilha só faz aumentar e me deixar um pouco desesperada com a falta de espaço e desapego de minha parte. O desapego vai ficar mesmo é para a próxima encarnação, ainda mais agora, que descobri esse projeto incrível na newsletter do Think Big Chief com a solução para os meus, os seus, os nossos problemas!

A ideia é dos designers alemães do NJUStudio. Inspirador!

Mais estantes intrigantes

Sempre gostei de estantes e móveis multifuncionais (até por necessidade, pois tenho muitos livros), mas essa semana está especialmente recheada do assunto aqui no blog. Recebi do Michel Téo Sin, o fotógrafo de ideias mais brilhante que conheço (são dele as fotos do site e do blog, além do vídeo), um projeto realizado durante a graduação em design (ele também foi meu aluno, mas em outras disciplinas).

Olha só que coisa mais bem bolada e realmente multifuncional. Nota 10!

Multiuso de verdade

Faz uns dias fiquei babando por uma estante feita com caixas projetada por designers gringos (ver Muito prático). Mas agora a designer gaúcha Mariana Piccoli escreveu para mostrar um projeto muito mais bacana.

A ideia é semelhante: caixas que podem se transformar em qualquer coisa que se queira: mesa de cabeceira, escrivaninha para crianças, cesto de brinquedos e até estantes. Mas a grande sacada é que os projetos da Mariana são construídos a partir de resíduos industriais; o fundo e a lateral das caixas são feitos com bobinas de papelão, motivo pelo qual, aliás, esse móvel funcional se chama Mobina.