Véspera

Pensa numa pessoa com a incrível habilidade de contar histórias com personagens complexos e cheios de contradições. Estamos falando da mineira Carla Madeira, que domina a arte como poucos.
No seu maravilhoso “Véspera”, ela reforça ainda mais a admiração que comecei a cultivar depois de “Tudo é rio”, resenhado aqui.
A história começa com Vedina, uma executiva que começa o seu dia de trabalho nervosa por conta de seu casamento em frangalhos. O filho de cinco anos quebra a cristaleira e derrama a gota que faltava para transbordar a tsunami que se formava dentro dela. Vedina coloca o menino no carro de qualquer jeito, sem se preocupar se ele se machucou, e, no caminho, num ímpeto de irritação no meio de uma discussão com o hiperativo garoto, abre a porta do carro e o coloca para fora. No meio de uma avenida de mão única. Um menino de cinco anos.
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