Aula de anatomia. Só que ao contrário.

Olha, não quero estragar o natal de ninguém, mas não consegui esperar passar essa euforia pelo menino Jesus e sua respectiva família para mostrar mais algumas pérolas da arte renascentista que encontrei em alguns museus por aqui.

É claro que não fotografei os quadros mais lindos, pois há livros, sites e blogs que conseguem fazer isso muito melhor do que eu. Mas duvido que eles tenham esse meu olho podre para descobrir obras de arte com fundo trash…rsrsrsr

Então, já que o assunto é a pauta dessa semana em todo lugar, que tal um olhar diferente?

É impressão minha ou o seio dessa mãe é destacável?
Esse pode não ser destacável, mas está numa posição muito esquisita
Fico aqui pensando se isso não era um colar em forma de seio e o menino se enganou. Impossível um peito num lugar desses, quase pendurado no pescoço.
Puxa, vestir o menino de menina! Que maldade!
Não sei você, mas me deu medo. Tomara que não sonhe com esse menino aí...
Esse aí não sei quem é, mas devia ser parente ou próximo da família, pois fazia parte de um trítptico. Achei que não podia deixar esse tiozinho de fora, concordam?

À procura de um quartinho

O processo de aprendizado do alemão tem me rendido ideias interessantes. É que nós brasileiros, quando aprendemos espanhol, italiano ou francês (não sou fluente em nenhuma delas, mas tenho os conhecimentos básicos), temos como prioridade aumentar o vocabulário, já que os idiomas latinos são relativamente parecidos. Em relação à gramática, é mais uma questão de […]

E por falar em kitsch…

Está chegando o natal e, mais uma vez, o que se vê por todo o lado é uma overdose de kitsch.

Beleza, mas o que vem a ser esse tal de kitsch mesmo?

Vamos lá: alguns livros sugerem que a palavra kitsch nasceu, vejam só, em Munique, Alemanha, para designar trabalhos artísticos apressados e mal feitos, próprios da cultura de massa. Outras fontes, porém, defendem que o termo veio da Áustria, onde as pessoas (as chiques, é claro) usavam-no como uma gíria para designar objetos de mau gosto. O fato é que a expressão data da revolução industrial, entre os séculos XIX e XX, onde os bens de consumo começaram a ser fabricados em escala industrial (e, obviamente, mal feitos, a julgar pela tecnologia disponível naquele tempo).

É que foi somente nessa época que plebeus puderam ter acesso a coisinhas que antes só os nobres e burgueses ricos podiam colecionar. É claro que a qualidade e o acabamento dos mimos eram discutíveis, mas, para quem antes não tinha nada, foi uma festa. Data daí o início do consumismo desenfreado, um furor que culminou no que hoje se observa em lojinhas de R$ 1,99 (não, por acaso, verdadeiros templos do kitsch).

Natal com keks e bolas de verdade

Nossa, a cidade está completamente coalhada de mercadinhos de natal. São feiras bem organizadas e cheias de coisas bonitas e gostosas. O visual é bem kitsch, mas combina perfeitamente com natal (natal é uma coisa kitsch por definição, né?).

O que eu mais gostei foi de descobrir que eles têm mais de 10 tipos de quentão (que aqui se chama Glühwein, que, não por acaso, quer dizer vinho quente). É sempre um vinho, claro (tem branco também) com mais alguma coisa, que pode ser uma fruta, rum ou licor. O clássico é como o nosso, com gengibre e cravo, bem parecido mesmo (delícia!), mas ontem experimentei um com vinho branco e licor de ovos que estava divino. Já andei olhando um com amaretto que também parece tentador; minha meta é experimentar todos antes do natal sem cair na rua e nem virar alcoólatra…eheheh… sério, o negócio esquenta que é uma beleza para esses dias mais geladinhos. De resto, muita salsicha (wurst) e comidinhas com cogumelos e batatas (adoro).

Natal cor de abóbora

Cheguei em Berlin dia 25, às 4 e meia da tarde, e já era noite. Fiquei encantada com o clima e as luzes (que foram acesas bem no dia em que cheguei, exatamente um mês antes do natal). Nossa, como é que pode uma cidade mudar tanto de uma estação do ano para outra?

No verão a cidade é toda verdinha e o dia vai até às 10 da noite. Agora, estamos no outono e as folhas estão caindo o tempo todo; ficam lindas antes da queda, completamente alaranjadas (algumas são de um vermelho bem vivo) e às 3 e meia já começa a escurecer. Com bosques inteiros de folhas caindo na rua, o serviço de limpeza quase não dá conta de recolhê-las todas; dá gosto de ver o tapete.

Sexênio, imodificável e demissão

Mais um contículo criado a partir de 3 palavras achadas aleatoriamente no dicionário (exercício de criatividade; tente fazer em casa!).

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O deputado Túlio Ricardo não aguentava mais aquela situação. Sexênio, seu secretário particular há anos, estava escondendo alguma coisa desde anteontem, quando voltou das férias no Qatar. Aquele arzinho de quem sabe mais que os outros não o enganava não; ele já tinha pêgo o rapaz rindo sozinho várias vezes sem nenhum motivo aparente. TR tinha que descobrir o que era.