Olhos da cara

Não gosto muito de comprar óculos, mas o Conrado adora (tem vários de graus e outros tantos de sol). Pois eu ficaria muito mais motivada se as óticas e lojas do ramo tivessem um mostruário assim, com olhos. Acho que é isso que está faltando. Olhares atentos. E humor.

Essa rede, Kirk Originals, tem filiais em mais de 40 países e essa é a loja londrina. Fiquei sabendo pela newsletter do TheCoolHunter.

Agora Deus vai te pegar lá fora!

O livro de Carlos Moraes conta a história de um padre louco por futebol que, desiludido com o pouco de fé e amor e o muito de ritual a aparência que grassa na igreja, resolve desistir da batina. Ao mesmo tempo, ele é preso por algumas manifestações idealistas e até um pouco adolescentes na época da ditadura. Uma frase aqui, um texto mais empolgado acolá, alguns desafetos além, e ele acaba virando preso político numa cadeia comum numa cidadezinha gaúcha perto da fronteira entre o Uruguai. Aí ele descreve os companheiros, a rotina, suas dúvidas existenciais. Tudo cheio de humor e lirismo, até para quem não curte futebol, como eu.

Palavras que a gente não tem

Você sabe o que significa neko-neko em indonésio? É uma “pessoa que tem uma idéia criativa, mas que só piora tudo”. Você já teve um acesso de sekaseka? Essa palavra zambiense é usada para designar “alguém que ri sem motivo”. Em inuíte existe um termo especialmente criado para o ato de ”ir muitas vezes à porta de casa para ver se a pessoa vem vindo”. É iktsuarpok. Os alemães usam backpfeifengesicht para descrever “uma cara que merece um soco”.

Muito barulho por nada

Está rolando uma polêmica na internet por causa de um site, veiculado na imprensa como inovador, no qual o cliente decide quanto quer pagar por uma marca gráfica. Designers (ou não) postam suas propostas e ele escolhe a que acha melhor, numa espécie de leilão ao contrário (o cliente define o preço e os profissionais disputam os projetos). Será que isso prejudica os designers?

Vamos discutir gosto?

Por que deixar que gente esquisita, que você nem conhece, determine o que é feio e o que é bonito na sua vida? Por que sofrer para gostar “das coisas certas” se elas mudam junto com a moda, com o sucesso, com as convenções? Por que se acostumar a acatar sentimentos estranhos aos seus, que nada têm a ver com a sua história? Por que achar que a opinião de alguém que aparece na revista é mais importante que a sua?

Chá de cadeira

Cadeiras com asa de xícara podem parecer bobagem, mas quando a gente vê que dá para pendurar bolsas e casacos, a coisa toda muda de figura.

Quem é mulher sabe muito bem do que estou falando — como a gente sofre para conseguir pendurar nossas companheiras inseparáveis. Taí, achei a solução da designer coreana Sunhan Kwon muito criativa. Bem que poderia virar moda…