Tempos estranhos

Achei  “The Stranger Times”, de C.K. McDonnell, num sebo da Oxfam, uma ONG de combate à pobreza e à desigualdade, que tem brechós ótimos. Escolhi porque gostei da apresentação (não vou mentir) e a chamada da quarta capa.

Pesquisando depois, vi que o autor, um irlandês que agora mora em Manchester, é um ex comediante e premiado roteirista de TV, e tem vários romances publicados. “The Stranger Times”, inclusive, é o primeiro volume de uma trilogia.

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81 LIVROS

Muita gente quer ler mais como resolução de ano novo; muita gente também vai tirar férias nesse final de ano. Então, por que não unir o útil ao agradável?

Selecionei aqui alguns livros separados por temas para você passear pelo podcast Minha Estante Colorida. Assim você ouve as resenhas e decide por onde começar!

São 9 temas e cada um tem 9 livros recomendados; 81 livros para você se esbaldar!

  1. 9 livros de romance
  2. 9 livros de ficção científica
  3. 9 livros de inovação
  4. 9 livros de neurociência
  5. 9 livros de design
  6. 9 livros de literatura brasileira
  7. 9 livros de curiosidades
  8. 9 livros de liderança/gestão
  9. 9 livros de história
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Parábola do semeador

Octavia Butler é uma das escritoras mais premiadas com seu trabalho sobre afrofuturismo e inserções na ficção científica, então minha expectativa já era alta. Gostei muito de Kindred (resenha aqui), mas “Parable of the sower” (Tradução livre: “Parábola do semeador”) é seguramente o livro mais impactante que li esse ano. Não é um clássico à toa.

Bom, é preciso dizer que é a distopia mais aterrorizante que já li, e mais por causa da possibilidade do cenário se tornar real. O livro foi publicado em 1993 e Octavia projeta um futuro 30 anos à frente, ou seja, agora.

A história começa em 2024 quando Lauren, a protagonista, tem 14 anos e mora em Robledo, uma cidade próxima a Los Angeles, EUA. Ela vive no que imagino ser um daqueles bairros de subúrbio que aparece nos filmes: casas grandes, sem muros, com jardim e quintal, em ruas arborizadas. 

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O hábito de colaborar

Resolvi comprar esse livro porque tinha gostado muito do The Creative Habit, da mesma autora. Então, The Collaborative Habit: Life Lessons for Working Together (tradução livre: “O hábito de colaborar: lições de vida sobre trabalhar juntos“), da Twyla Tharp, era uma sequência natural a ser seguida, né?

Para quem não viu o primeiro livro, o link da resenha está aqui.

Na verdade, mais do que uma sequência natural, a razão é porque cada vez mais me dou mais conta de que colaboração é a coisa mais importante que um ser humano pode aprender.

Tem um outro livro, um dos melhores que já li na vida, que se chama “A ilusão do conhecimento” (link para a resenha aqui), que corrobora a ideia de que a inteligência individual é superestimada; a capacidade de colaborar é muito mais importante.

Twyla não usa o termo líder diretamente, mas é, na verdade, exatamente o que ela faz, já que não existe colaboração sem liderança.

Mas primeiro vamos apresentar essa mulher maravilhosa e seu contexto, se você ainda não leu ou viu a resenha do livro anterior dela. 

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Como eu leio

Vendo os resultados no canal do meu podcast Minha Estante Colorida para 2023 no Spotify, fiquei sabendo que tenho os melhores ouvintes, e posso provar!

Fiquei muito feliz e grata com a audiência: 20% a mais de assinantes e para 468 pessoas, estou entre os 10 podcasts preferidos. Para 78 queridos, o Minha Estante Colorida é o favorito, o primeiro lugar no coração! Não é bom demais?

E o melhor: quase metade dos ouvintes chegam pelo WhatsApp (por recomendação de amigos, pois não mando links pelo WhatsApp para ninguém).

Pensando nisso, e imaginando que muita gente tem como meta de ano novo ler mais, vou compartilhar aqui os meus hábitos. São só meus, funcionam para mim, mas não são uma regra, ok? Cada pessoa é diferente e vai encontrar o seu jeito.

Vamos lá então!

Gostou e quer baixar o pdf com esses slides? Tá na mão! É só clicar aqui.

A cidade e a cidade

Um belo dia o Conrado (meu marido) estava na Dussmann, que é a maior livraria aqui de Berlim, procurando um guia para planejar a próxima viagem quando viu “The City& the City”, de China Miéville. Ele nunca tinha ouvido falar nesse autor (nem eu), mas ficou curioso com o resumo da história na quarta capa e impressionado pelos elogios do Neil Gaiman. Pois ele leu, gostou, recomendou, e estou aqui, passando adiante.

China é um dos principais representantes da New Weird Fiction (ou “Nova Ficção Bizarra”). É chamada assim porque a história acontece em um lugar estranhíssimo, mas não dá para chamar de ficção científica porque não tem nada de ciência. É pura imaginação, da mais criativa possível.

O autor britânico é professor universitário e ganhador de vários prêmios importantes com seus romances, contos, quadrinhos e novelas. 

Mas vamos a esse show de criatividade onde você fica pensando: de onde esse cara tirou essas ideias?

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A primeira impressão é mesmo a que fica?

Você já deve ter se cansado de ouvir falar que a primeira impressão é a que fica.

Pois não é o que os estudos mostram. Em “A melhor parte“, publicado em 2012 (veja aqui o link), eu mostro um artigo que fala justamente o contrário: a última impressão é a que fica.

Pois para ficar mais claro e amigável, temos aqui um pocket texto mostrando o que isso muda (ou devia mudar) na nossa vida.

Quer baixar o arquivo em pdf para ler com mais calma depois? É só clicar aqui.

Design é storytelling

Apesar do título, esse livro não é só para designers; acredito que todo mundo devia saber alguma coisa sobre o tema, já que o design afeta a vida de todos, indistintamente. A grande vantagem de livros assim, bem escritos, é que você não precisa ser um especialista no assunto para entender. A autora leva a sério a ideia de que design é para todos.

Eu acompanho a carreira da Ellen Lupton há mais de uma década; o primeiro livro que comprei dela foi “Pensar com tipos”, lá nos idos de 2006. Lupton é uma autoridade em design, curadora do Smithsonian Design Museum, de New York, professora de universidades, autora de vários livros de sucesso e ganhadora de muitos prêmios. 

Não bastasse tudo isso, essa linda é uma simpatia. Não a conheço pessoalmente, mas a sigo no Instagram e dá vontade de ser amiga dela. 

Pois “Design is Storytelling” já foi lido há bastante tempo. Essa semana precisei de umas ideias e resolvi revisitá-lo. Não falha nunca. Então vamos ver o que essa moça tem a nos dizer de tão interessante.

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A pequena biblioteca do tempo da guerra

Esse livro apareceu em newsletters, recomendações em um monte de lugares que eu frequento, a tal ponto que não pude resistir; afinal, é sobre uma biblioteca, o lugar mais sagrado do mundo para mim! Estou falando de “The little wartime library” (tradução livre: “A pequena biblioteca do tempo da guerra”), de Kate Thompson.

Eu devia ter desconfiado sobre o conteúdo só olhando o estilo da capa: uma belíssima moça sentada olhando o horizonte rodeada de livros, como se fosse uma pinup recatada com o título escrito em uma tipografia vintage… 

Preciso dizer que minha percepção sobre esse livro é dúbia; não dá pra dizer que amei, mas também não cheguei a desgostar. Pode ser que os pontos que me desagradaram sejam justamente os que vão conquistar você.

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