Gente fria

Essa foi a maior supresa literária do ano; sem brincadeira!

Quando peguei “Cold People” (Tradução livre: “Gente fria”), de Tom Rob Smith, o que me chamou atenção foi a capa minimalista belíssima (já expliquei; sou dessas… rs).

Estava na seção de livros usados de uma livraria especializada em ficção científica que costumo frequentar aqui em Berlim. Sempre tem coisas boas por lá!

Eu nunca tinha ouvido falar nesse autor, mas pelo que pesquisei, é um escritor e roteirista famoso e já tem grandes sucessos no mercado, sendo o mais conhecido, a trilogia que começa com “Criança 44”. Até onde sei, “Cold People” é a primeira incursão dele na ficção científica. O que dizer? Já ansiosa esperando os próximos!

Mas vamos à história.

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Sinal vermelho para o UX Design

Uma inovação no sistema de semáforos em Berlim está causando polêmica (e, a meu ver, com razão).

Não consegui descobrir a origem da ideia, mas funciona da seguinte maneira: você vai atravessar uma rua quando o bonequinho do semáforo está verde. Eis que, subitamente, o bonequinho fica vermelho.

Para que as pessoas não sejam pegas de surpresa, o setor de transportes pensou: ok, vamos colocar um contador numérico para a pessoa saber quantos segundos ela tem para atravessar a rua, como em muitas cidades ao redor do mundo. Seria o mais óbvio, não é?

Pois a questão é que estamos na Alemanha, e aqui o óbvio não tem muito espaço. Para que colocar números, conhecidos universalmente, se podemos inserir um ícone de uma mini faixa de segurança logo que o sinal ficar vermelho onde suas cinco faixas vão se apagando consecutivamente?

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Pensamento liminar

Se você é como eu, ao ver o título desse livro, pensou: “Mas que raios é pensamento liminar?”.

Não fazia nenhum sentido. Até fui olhar no dicionário para ver se a minha tradução estava correta do livro “Liminal thinking: create the change you want by changing the way you think” (tradução livre: “Pensamento liminar: crie a mudança que você quer mudando a maneira como você pensa”), de Dave Gray. 

Achei essa pérola num sebo e o título me chamou muito a atenção, até porque o volume é muito bem diagramado (descobri que o background do autor é em design), estruturado e organizado. Fazer o quê? Levei para casa…

Dave sabe que a palavra não faz parte do nosso dia-a-dia e já nos esclarece logo no prefácio, onde conta a história de como o livro surgiu.

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Flensburgo

Não sei vocês, mas começo a achar que Flensburgo é uma das cidades mais subestimadas em termos de turismo na Alemanha. Já passei por lugares mais famosos que não eram tão lindos e tão interessantes quanto essa jóia do norte.

Flensburgo é a última cidade alemã antes da Dinamarca (inclusive, por mais da metade dos seus quase 740 anos de história, o município pertenceu à coroa dinamarquesa). Ao contrário de boa parte do país, ela não foi bombardeada durante a guerra; reza a lenda que no dia marcado para o ataque, nublou muito e atacaram o alvo errado. O resultado é que essa lindeza passou intacta por toda a história.

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Um rolê pela Escócia

Eis que depois de tantos anos fizemos uma viagem nos moldes do finado duasmotos.com, só que, dessa vez, de jipe. Aproveitamos para levar junto a minha irmã Andréa e meu cunhado Fernando; assim, a gente passeou e matou as saudades ao mesmo tempo.

O encontro foi em Amsterdam (saímos de Berlin bem cedo a tempo de pegá-los no aeroporto vindos do Brasil). No dia seguinte já pegamos o ferry para New Castle, na divisa da Inglaterra com a Escócia.

Aqui estão os mapas (você pode clicar e baixar uma versão ampliada) com a indicação das cidades onde passamos a noite (além do ferry, pois são 15 horas de viagem na ida e na volta).

Foram 11 dias vendo uma natureza exuberante, cidadezinhas fofas, animais idem e o Conrado bravamente dirigindo na mão inglesa (que agonia!).

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O invasor

Se tem um escritor brasileiro que admiro e gosto demais é o talentosíssimo Marçal Aquino. Pena que quando li o ótimos “Cabeça a prêmio” e “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios” ainda não tinha o saudável hábito de escrever resenhas, de maneira que teria que lê-los novamente para fazer os respectivos episódios (quem sabe, né)?

Pois, pesquisando um pouco, descobri que já conhecia o moço há muito mais tempo do que imaginava. É dele o antológico “Os meninos da rua Quinze”, da coleção Vagalume, que marcou minha adolescência. Ele também escreveu o roteiro do filme “O cheiro do ralo”, com o imperdível Selton Melo.

Eis que minha irmã vinha do Brasil para passar duas semanas de férias do lado de cá do oceano e aproveitei para encomendar “O invasor”. Uma novela (maior que um conto, menor que um romance), ideal para ler numa viagem. Se você está procurando um livro breve, com pouco mais de 100 páginas, mas muito intenso, esse é o cara.

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Cinco mentes

Achei “Five Minds”, de Guy Morpuss,  numa livraria de Berlim especializada em ficção científica (Otherland Bookstore), na prateleira de livros usados em inglês. Gente, mas que achado!

Na verdade, não só fiquei atraída pelo título, mas também pelo resumo da história na quarta capa. Falava sobre 5 pessoas compartilhando um corpo e que talvez uma delas esteja planejando assassinar as outras quatro (ou talvez seja alguém de fora; quem sabe?).

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Micro

Encontrei “Micro”, de Michael Crichton e Richard Preston numa caixa de doações; aqui em Berlim é muito comum você fazer a limpa na sua casa e deixar uma caixa na frente do prédio com objetos que não quer mais — você escreve “zum Geschenk” (tradução livre: “para doação”) e as pessoas pegam o que querem. Eu sempre olho nesses caixas para ver se tem livros — já achei coisas ótimas; inclusive uma bota e um casaco maravilhosos).

Pois bem, peguei a edição de bolso em inglês porque conhecia o Michael Crichton (que você também deve conhecer). Se você não está ligando o nome à pessoa, ele escreveu o livro que deu origem ao lendário filme “O Parque dos dinossauros”.

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